sábado, 22 de janeiro de 2011

Omar Khayyam


         Podes sondar a noite que nos cerca.
Podes afundar pelo mistério adentro.
Em vão!
Ó Adão e Eva!
Como deve ter sido amargo o vosso primeiro beijo,
Para que nos gerásseis tão desesperados!...
Omar Khayyam

(AH! Khayyam! Como gostaria que tivesse conhecido o Consolador!)

O passe um estudo VII

    Preparação para o passe
É muito comum chegarem pessoas ao centro, ou mesmo dirigindo-se à casa de um médium, pedindo passe com urgência. O passe não pode ser dado a qualquer momento e de qualquer maneira.
Deve ser sempre precedido de preparação do passista e do ambiente, bem como do paciente.
O médium precisa de preparação para bem se dispor ao ato mediúnico do passe. Atender a esses casos imediatamente é dar prova de ignorância das leis do passe. Tudo depende de sintonias que precisam ser estabelecidas. Sintonia do médium com o seu estado íntimo; sintonia do passista com o Espírito que vai atendê-lo; sintonia das pessoas presentes com o ambiente que se deve formar no recinto. Tudo isso se consegue por meio da prece e do interesse de todos pela
ajuda ao necessitado. Dar um passe sem essas medidas preparatórias é uma imprudência e um desrespeito aos Espíritos que podem estar empenhados em outros afazeres naquele momento. A falsa ideia de que basta estendermos as mãos sobre uma pessoa para socorrê-la é uma pretensão que tem suas raízes nas práticas mágicas. O passe não é um ato de magia, mas uma ação consciente de súplica às entidades espirituais superiores que nos amparam. A existência e a ação dessas entidades não são uma suposição, mas uma realidade provada cientificamente e hoje necessariamente integrada nas leis naturais, pois não decorre de visões místicas, mas de fatos, de fenômenos objetivos cujas leis já foram descobertas.
Os fenômenos paranormais não são de natureza mágica nem pertencem ao mito, mas ao real verificável por métodos adequados de pesquisa e até mesmo por meios tecnológicos.(obsessão o passe a doutrinação, J. Herculano Pires).

   Encerramos com este post o material necessário para iniciarmos nossos estudos sobre o passe na casa espírita.
   Percebemos um descompasso entre o autor, Herculano Pires, e o que ocorre em muitas de nossas casas espíritas, será que Herculano Pires se equivocou? Terá exagerado em suas críticas?
    Iremos nos dedicar ao assunto nos posts seguintes.
    Para os interessados em ler todo o livro, obsessão o passe a doutrinação , deixamos o link da Fundação Maria Virgínia e J. Herculano Pires, onde foi disponibilizado o download gratuito do livro. 

http://www.herculanopires.org.br/acervo/downloads/cat_view/15-livros

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Omar Khayyam

Convicção e dúvida, erro e verdade são palavras tão vazias como uma bolha de ar.
Irisada ou opaca, essa bolha é a imagem de tua vida.

O passe um estudo VI

Passe de auxílio mediúnico
Nas sessões de manifestações de Espíritos para doutrinação o passe é empregado como auxiliar dos médiuns ainda em desenvolvimento, incapazes de controlar as manifestações de entidades rebeldes. A técnica espírita não é de violência, como nas práticas superadas do exorcismo, mas de esclarecimento e persuasão. A ajuda fluídica ao médium envolvido se faz apenas pela imposição das mãos, sem tocar o médium.

Certas pessoas aflitas ou mal iniciadas no assunto procuram segurar o médium, agarrá-lo com força e sujeitá-lo. Isso serve apenas para provocar a reação da entidade, provocando tumulto na reunião.

O médium se descontrola ainda mais e a entidade se aproveita disso para tumultuar a sessão. Chama- se o médium pelo nome, pede-se a ele que reaja e adverte-se a entidade para acalmar-se, sem o que prejudicará a si mesma. Não se deve esquecer que a força do passe é espiritual e não a força física. Os Espíritos auxiliares estão ao redor e retiram a entidade rebelde. O médium novato e o que dá o passe de auxílio precisam estar instruídos sobre a possibilidade dessas ocorrências e sobre o comportamento certo a adotar. Essas observações devem ser sempre repetidas nas sessões dessa natureza para que o passe de auxílio não se converta em motivo de tumulto. Esse é um aspecto do problema do passe que muitos têm dificuldade de compreender, por falta de uma compreensão exata da natureza puramente espiritual do passe.

Preparação para o passe
É muito comum chegarem pessoas ao centro, ou mesmo dirigindo-se à casa de um médium, pedindo passe com urgência. O passe não pode ser dado a qualquer momento e de qualquer maneira.
Deve ser sempre precedido de preparação do passista e do ambiente, bem como do paciente. O médium precisa de preparação para bem
se dispor ao ato mediúnico do passe. Atender a esses casos imediatamente é dar prova de ignorância das leis do passe. Tudo depende de sintonias que precisam ser estabelecidas. Sintonia do médium com o seu estado íntimo; sintonia do passista com o Espírito que vai atendê-lo; sintonia das pessoas presentes com o ambiente que se deve formar no recinto. Tudo isso se consegue por meio da prece e do interesse de todos pela ajuda ao necessitado. Dar um passe sem essas medidas preparatórias é uma imprudência e um desrespeito aos Espíritos que podem estar empenhados em outros afazeres naquele momento. A falsa ideia de que basta estendermos as mãos sobre uma pessoa para socorrê-la é uma pretensão que tem suas raízes nas práticas mágicas. O passe não é um ato de magia, mas uma ação consciente de súplica às entidades espirituais superiores que nos amparam. A existência e a ação dessas entidades não são uma suposição, mas uma realidade provada cientificamente e hoje necessariamente integrada nas leis naturais, pois não decorre de visões místicas, mas de fatos, de fenômenos objetivos cujas leis já foram descobertas.

Os fenômenos paranormais não são de natureza mágica nem pertencem ao mito, mas ao real verificável por métodos adequados de pesquisa e até mesmo por meios tecnológicos.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O passe um estudo V

Retomamos a publicação do capítulo que estamos estudando...

Passe a distância
Não há distância para a ação dos passes.
Os Espíritos superiores não conhecem as dificuldades das distâncias terrenas. Podem agir e curar através das maiores lonjuras. Esse fato, constatado e demonstrado pelo Espiritismo e ridicularizado pelos cientistas materialistas, está hoje cientificamente comprovado pelas pesquisas em todo o mundo, pelas pesquisas e experiências dos principais centros universitários da atualidade. A telepatia, transmissão do pensamento, intenções e desejos, e a psicapa, ação da mente sobre a matéria, só podem ser negadas hoje por pessoas (cientistas ou não) que estiverem cientificamente desatualizadas, e portanto sem autoridade para opinar a respeito.

Não obstante, não se deve desprezar a importância do efeito psicológico da presença do paciente no ambiente mediúnico ou da presença do passista junto a ele. Temos, nesse caso, dois elementos importantes de eficácia no tratamento por passes. O efeito psicológico resulta dos estímulos provocados no paciente por sua presença num ambiente de pessoas interessadas a ajudá-lo, o que lhe desperta sensação de segurança e confiança em si mesmo.

Trata-se de uma reação anímica (da própria alma do paciente) por isso mesmo psicológica, conhecida na psicologia como estímulo de conjunto, em que se quebra o desânimo da solidão. Por outro lado, a visita do passista ao paciente isolado em casa dá-lhe a sensação de valor social, reanimando lhe a esperança de volta à vida normal. Além disso, a presença do paciente numa reunião lhe permite receber a ajuda do calor humano dos outros e da doação fluídica direta, seja do médium ou também de pessoas que o acompanham. Assim, o passe a distância só deve ser empregado quando for de todo impossível o passe de contato pessoal.
São esses também os motivos que justificam a prática dos passes individuais nos centros, onde todos sabem que ninguém deixa de ser assistido e receber a fluidificação necessária. (obsessão o passe a doutrinação, J. Herculano Pires)
continua...

sábado, 8 de janeiro de 2011

O passe um estudo IV


Continuamos a postar o capítulo “O passe” do livro “obsessão o passe a doutrinação”, J. Herculano Pires...

A técnica do passe
Os elaboradores e divulgadores de técnicas do passe não sabem o que fazem. A técnica do passe não pertence a nós mas exclusivamente aos Espíritos superiores. Só eles conhecem a situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e estão condicionados na encarnação que merecem e de que necessitam.
Nada sabem da natureza dos fluidos, da maneira apropriada e eficaz de aplicá-los, dos efeitos diversos que eles podem causar. Na verdade o médium só tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica dos fluidos. É simples atrevimento – e portanto charlatanismo – querer manipulá-los e distribuí-los a seu modo e a seu critério.

As pessoas que acham que os passes ginásticos ou dados em grupos mediúnicos formados ao redor do paciente são passes fortes, assemelham se às que acreditam mais na força da macumba, com seus apetrechos selvagens, do que no poder espiritual. As experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o mundo, desde os dias de Kardec até hoje mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na ausência e sem o conhecimento do paciente, do que todas as encenações e alardes de força dos ingênuos ou farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
(obsessão o passe a doutrinação, J. Herculano Pires)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Omar Khayyam

Khayyam!
Não te aflijas por seres um grande pecador!
É inútil a tua tristeza.
Depois da Morte, virá o Nada ou a Misericórdia!
(Omar Khayyam)

O passe um estudo III

Damos continuidade ao capítulo do livro "obsessão o passe a doutrinação"  de J. Herculano Pires, ao término destas  postagens iniciaremos as considerações sobre este intrincado tema...

Magia e religião
O passe nasceu nas civilizações da selva como um elemento de magia selvagem, um rito das crenças primitivas. A agilidade das mãos em fazer e desfazer as coisas sugeria a existência, nelas, de poderes misteriosos, praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção que acalmava a dor, da pressão dos dedos estancando o sangue ou expulsando um espinho ou o ferrão de uma vespa ou o veneno de uma cobra. Os poderes mágicos das mãos se confirmavam também nas imprecações aos deuses, que eram simplesmente os Espíritos. As bênçãos e as maldições foram as primeiras manifestações típicas dos passes. O selvagem primitivo não teorizava, mas experimentava instintivamente e aprendia a fazer e desfazer com o poder das mãos. Os deuses o auxiliavam, socorriam, instruíam em suas manifestações mediúnicas naturais. A sensibilidade mediúnica aprimorava-se nas criaturas mais sensíveis e assim surgiram os pajés, os feiticeiros, os xamãs, os mágicos terapeutas, os curadores.

A descoberta do passe acompanhava e auxiliava o desenvolvimento do rito, da linguagem e da descoberta de instrumentos que aumentavam o poder das mãos. Podemos imaginar, como o fez André Lang, um homem primitivo olhando intrigado o emaranhado de riscos da palma de sua mão, sem a mínima ideia do que aquilo poderia significar. Seus descendentes iriam admitir, mais tarde, que ali estavam traçados os destinos de cada criatura. O mistério da mão humana foi um elemento essencial do desenvolvimento da inteligência e especialmente da descoberta lenta e progressiva, pelo homem, do seus poderes internos. Dos tempos primitivos até aos nossos dias, a mão é o símbolo do fazer que nos leva ao saber. Enquanto a Lua, o Sol, as estrelas atraíam os homens para o mistério do cosmos, a mão os levava a mergulhar nas profundezas da natureza humana.

Dessa dialética do interior e do exterior nasceram a magia e a religião. A magia é prática, nasceu das mãos e funcionava por meio delas. A religião é teórica, nasceu dos olhos, da visão abstrata do mundo e funciona no plano das ideias. Na magia, os homens submetem os deuses ao poder humano, obrigam a Divindade a obedecê-los, a fazer por eles. Na religião, os homens se submetem aos deuses, suplicam a proteção da Divindade. Mas, apesar dessa distinção, as religiões não se livraram dos resíduos primitivos das fórmulas mágicas.

Todas as Igrejas da atualidade, mesmo após as reformas recentes, apegam-se ao fazer dos mágicos, por meio de seus sacramentos. O exemplo mais claro disso é o sacramento da Eucaristia, na Igreja católica, pelo qual o sacerdote obriga Deus a materializar-se nas espécies sagradas da hóstia, para que o crente possa absorvê-lo e purificar-se com a sua ingestão.

No Espiritismo os resíduos mágicos não podiam existir, pois trata-se de uma doutrina racionalista, mas o grande número de adeptos provindos dos meios religiosos, sem a formação filosófica e científica da Doutrina, carreiam esses resíduos para o nosso meio, numa tentativa de padronização de práticas espíritas e de transformação dos
passes num fazer dos médiuns e não dos espíritos.

É tipicamente mágica a atitude do médium que pretende, com sua ginástica, limpar a aura de uma pessoa ou limpar uma casa. As tentativas de cura através desses bailados mediúnicos revela confiança mágica do médium no rito que pratica.

Por isso Jesus ensinou simplesmente a imposição das mãos acompanhada da oração silenciosa. As orações em voz alta e em conjunto é também um resíduo mágico, pelo qual se tenta obrigar a Deus ou aos Espíritos a atenderem os clamores humanos.

A religião racional, e portanto consciente, baseia-se na fé esclarecida pela razão, que não comporta de maneira alguma essas e outras práticas formais e carregadas de misticismo igrejeiro.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Omar Khayyam

Falas-me de um Criador...
Pois ele só formou as criaturas para destruí-las ?...
Por que são feias?
Por que são belas?
A quem cabe a responsabilidade?
Não compreendo nada.
(Omar Khayyam)

O passe um estudo II

         Dando continuidade ao capítulo do livro obsessão o passe a doutrinação J. Herculano Pires, iremos notar a grande força da crítica e da clareza do autor, como de costume, ...



As encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante, só servem para ridicularizar o passe, o passista e o paciente. A formação das chamadas pilhas mediúnicas, com o ajuntamento de médiuns em torno do paciente, as correntes de mãos dadas ou de dedos se tocando sobre a mesa – condenadas por Kardec – nada mais são do que resíduos do mesmerismo do século XIX, inúteis, supersticiosos e ridicularizantes.

Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano às formas de atividades materiais. Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer. Queremos dirigir, orientar os fluidos espirituais como se fossem correntes elétricas e manipulá-los como se a sua aplicação dependesse de nós. O passista espírita consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde para compreender que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais – e o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa – limita-se à função mediúnica de intermediário. Se pede a assistência dos Espíritos, com que direito  se coloca depois no lugar deles? Muitas vezes os Espíritos recomendam que não se façam movimentos com as mãos e os braços para não atrapalhar os passes. Ou confiamos na ação dos Espíritos ou não confiamos, e neste caso é melhor não os incomodarmos com os nossos pedidos.

O passe espírita é prece, concentração e doação.
Quem reconhece que não pode dar de si mesmo, suplica a doação dos Espíritos. São eles que socorrem aqueles por quem pedimos, não nós, que em tudo dependemos da assistência espiritual. (obsessão o passe a doutrinação J. Herculano Pires).

continua...