terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A pineal e a mediunidade V

Como podemos ver, as inúmeras citações que encontramos de André Luiz, sempre nos remetem á importância crucial da pineal (epífise), no fenômeno mediúnico, afirmando inclusive ser na  glândula a  residência da faculdade mediúnica, portanto, contradizendo Kardec, que, voltamos a afirmar, a localiza no perispírito.

André Luiz ainda se refere à luz emanante da glândula, fato que só pode ser observado pela clarividência (ou vidência mediúnica), sendo impossível, ao menos por enquanto, comprovação científica, vale a pena lermos a opinião do Dr. Núbor Facure à respeito:

“Podemos identificar as células da pineal e sua microestrutura, registrarmos suas trocas metabólicas, identificamos as secreções dos humores e a transmissão dos influxos nervosos. Entretanto, no domínio da atividade espiritual, os possíveis componentes e como atuam, são ainda indetectáveis pelos nossos instrumentos. Extrapolar nosso conhecimento “daqui para lá” ainda permanece no campo da metafísica. Não seria prudente imaginarmos que “por aqui” poderemos um dia conhecer toda extensão desse fenômeno que chamamos de “psicofísico de natureza espiritual”. Pressupondo, de antemão, que “do lado de lá” a dinâmica espiritual do fenômeno é muito mais ampla e significativa do que nossa anatomia pode registrar.” (“Fenômenos Psico-Físicos de Natureza Espiritual” in Portal TERRA ESPIRITUAL em 26/06/205).

Ainda podemos encontrar em “Do Sistema Nervoso à Mediunidade”, do Dr. Ary Lex, uma importante observação:

“ Citarei alguns desses ensinos, embora pessoalmente não os aceite: a pineal é a glândula da vida espiritual. Controla o campo emotivo e é importante na experiência sexual. Regula a evolução sexual. Começa a funcionar na puberdade, aos 14 anos, mais ou menos. Reabre o mundo das sensações e das emoções. O adolescente muda a personalidade, pois reabre a pineal e vem a carga emocional das vidas passadas. Segrega hormônios psíquicos ou unidades força. É a glândula superior, que comanda todas as outras. Comanda as forças sub-conscientes, sob a ação da vontade.”
         “Não concordamos com essas afirmações, porque a maioria delas, embora atraentes, não oferece qualquer possibilidade de prova científica. O próprio conceito de hormônio psíquico é contraditório. Hormônio é algo material, isolado quimicamente, que se pode pesar, dosar e administrar em quantidades palpáveis. As coisas do campo psíquico não têm existência material. Falar em hormônio psíquico é uma liberalidade de conceituação não-aconselhável”.

         Como podemos ver a opinião de cientistas sérios como os citados acima nos fazem pensar se André Luiz estaria de fato correto em suas afirmações.

         O problema é que nós não fizemos uma correta leitura de André Luiz! Se retornarmos ao livro “Missionários da Luz”, no capítulo 1, “O psicógrafo”, encontraremos a resposta de tamanha confusão:

- Observe. Estamos diante do psicógrafo comum. Antes do trabalho a que se submete, neste momento, nossos auxiliares já lhe prepararam as possibilidades para que não se lhe perturbe a saúde física. A transmissão da mensagem não será simplesmente «tomar a mão». Há processos intrincados, complexos”.

“E, ante minha profunda curiosidade científica, o orientador ofereceu-me o auxílio magnético de sua personalidade vigorosa e passei a observar, no corpo do intermediário, grande laboratório de forças vibrantes. Meu poder de apreensão visual superara os raios X, com características muito mais aperfeiçoadas. As glândulas do rapaz transformaram-se em núcleos luminosos, à guisa de perfeitas oficinas elétricas. Detive-me, porém, na contemplação do cérebro, em particular. Os condutores medulares formavam extenso pavio, sustentando a luz mental, como chama generosa de uma vela de enormes proporções. Os centros metabólicos infundiam-me surpresas. O cérebro mostrava fulgurações nos desenhos caprichosos. Os lobos cerebrais lembravam correntes dinâmicas. As células corticais e as fibras nervosas, com suas tênues ramificações, constituíam elementos delicadíssimos de condução das energias recônditas e imponderáveis. Nesse concerto, sob a luz mental indefinível, a epífise emitia raios azulados e intensos”.

“- Observação perfeita? - indagou o instrutor, interrompendo-me o assombro. - Transmitir mensagens de uma esfera para outra, no serviço de edificação humana - continuou -, demanda esforço, boa vontade, cooperação e propósito consistente. É natural que o treinamento e a colaboração espontânea do médium facilitem o trabalho; entretanto, de qualquer modo, o serviço não é automático...”
“Requer muita compreensão, oportunidade e consciência.”
“Estava admirado.”
“- Acredita que o intermediário - perguntou - possa improvisar o estado
receptivo? De nenhum modo. A sua preparação espiritual deve ser incessante”.

“Qualquer incidente pode perturbar-lhe o aparelhamento sensível, como a pedrada que interrompe o trabalho da válvula receptora. Além disso, a nossa cooperação magnética é fundamental para a execução da tarefa. Examine atentamente. Estamos notando as singularidades do corpo perispiritual. Pode reconhecer, agora, que todo centro glandular é uma potência elétrica. No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera. É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária.”

         Conseguiram perceber o equívoco?...

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