terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Rubáiyat de Omar Khayyam III

Ó cosmos,
não me agrada
essa tua rotação.
Giras, giras, 
vives girando 
e nada te faz sair dessa órbita rotineira.


Peço-te, 
liberta-me de uma vez, 
anseio pela liberdade,
salva-me da tirania!


Nada fiz
para viver submetido aos hipócritas,
sujeito
aos empresários de fantasmas.


Se proteges os degenerados,
se acolhes os que espezinham a virtude,
os exploradores da credulidade alheia, confesso-te:
longe estou eu de ser
um paradigma de equilíbrio e de juízo...

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